Por Patrícia Lopes
Estudante de Jornalismo, gestando Laura, 38 semanas
Após “googlear” percebi que não existe nada que explique as diferenças entre o Parto Ativo e o Parto Normal, e é isso que tentarei explicar de forma resumida nesse post.
O termo parto ativo é relativamente novo (O Movimento pelo Parto Ativo foi fundando em Abril de 1982), mas o processo é mais antigo do que se pensa, quem nunca se questionou de que maneira nossas mães e/ou avós davam a luz? No entanto existem grandes diferenças entre parto normal e parto ativo. Saiba por quê.
Afinal o que é o Parto Ativo?
É o parto em que a mulher é protagonista, principal responsável pelo nascimento do seu bebê. Seus instintos dirão o que e como fazer. A mulher tem livre arbítrio para escolher qual a melhor posição, afinal, cada gestação é única e não existe receita de sucesso para não sentir dor.
Devido a isso existe pouca ou nenhuma intervenção (ocitocina sintética, episiotomia etc). Durante o TP a mulher pode e deve se movimentar, comer e fazer suas necessidades fisiológicas. No expulsivo é a mulher quem “dita às regras”, ela escolhe como quer ficar (lembrando que é melhor optar pelas posições em que a gravidade ajuda). “Há evidências mais que suficientes de que posições verticais
(ajoelhada, sentada, em pé ou acocorada) trazem mais vantagens tanto para a mãe quanto para a criança.” (BALASKAS, Janet. Pg21)
Além disso, a mãe é a primeira a pegar o bebê no colo e amamentar nos primeiros minutos de vida (a amamentação na primeira hora de vida do bebê é muito importante, porque além de fortalecer o vínculo, ajuda na “expulsão” da placenta e agiliza o processo para o útero voltar a seu tamanho original).
O cordão só é cortado após parar de pulsar (não há nada que justifique cortar antes disso).
A gestante que opta por esse tipo de parto tem a opção de ir para Casas de Parto que é pelo SUS, só que infelizmente não é tem em todo o país, podem ir para Hospitais, nesse caso contrata-se um GO humanizado e ele indica os hospitais que ele trabalha (importante conhecer o médico e saber se ele é realmente humanizado), ou ainda podem optar pelo Parto Domiciliar, que por sua vez é acompanhado por parteira.
No parto humanizado a mulher é acompanhada o tempo todo por uma doula
e/ou um acompanhante que ela escolha.
Parto Normal
Muito se ouve falar da insuportável dor do parto, mas o que poucas pessoas sabem é que essa tão temida dor não é a dor do parto propriamente dito, e sim dos procedimentos adotados pelos hospitais.
Entenda o por que.
Na maioria doshospitais publicos, quando a gestante é internada, rotineiramente é feita a indução do parto, ou seja, é aplicado ocitocina sintética para acelerar a dilatação (isso por conta do tempo leva uma dilatação total), com isso as contrações são intensas e não tem intervalos (daí a dor insuportável).
Em muitos hospitais é feita a raspagem pubiana e lavagem intestinal, a mulher não pode nem comer, nem beber nada. O momento que ela mais precisa de energia, finalzinho do trabalho de parto, ela estará cansada, com sede, sem se alimentar.
Após a dilatação total a mãe é levada para a sala de parto, fica em posição ginecológica (horizontal) e em 90% dos casos é feito episiotomia (isso quando não evolui para o uso de fórceps!).
O bebê é levado pelos médicos e só depois dos procedimentos vai para o colo da mãe.
E aí! Já fez sua escolha?
O Parto pode e deve ser prazeroso. Por isso, mulheres, informem-se não
tenham medo. Empoderem-se!