Pessoal
gosto muito de “fuçar” na net… e navegando por aí, achei um texto muito interessante…. pena, pena mesmo, que não cita a autora do texto (ou autor)…
Tenho que dividir com vocês!
um beijo
Gisele
Sempre que ouço falar em amamentação prolongada por 2 anos ou mais, exclusiva por até 6 meses ou mais, escuto também sobre “mães xiitas”, defensoras do aleitamento, ortodoxas.
Claro que vem também a história de ser mais mãe ou menos mães. Me vem à cabeça uma imagem terrível de mães em trincheiras batalhando pela verdade, batalhando entre si…
Eu confesso que tô mais para xiita. Explico.
Vivemos, nós mulheres em especial, numa sociedade que produz efeitos imediatos sobre o comportamento: a mídia de forma geral dita regras de conduta, dita tendência, dita modismos, dita posicionamentos, desde a cesárea da cantora “X” ao parto domiciliar da esposa do ator Y. É uma cultura do aqui, do agora, onde temos que responder pelo imediatismo e acima de tudo pela aquisição (assunto pra outro post).
Uma cultura que exige que a mulher desempenhe papéis diversos, que a cobra por isso, mas que não garante que sua natureza seja respeitada, que não permite que se expresse no auge de sua feminilidade: parir e nutrir seus filhos!
Uma sociedade que mecanizou o nascimento pela cesárea e que está mecanizando o aleitamento pela mamadeira.
Então, nesse absurdo contexto neo liberal, porque seria diferente com a maternidade?
Engana-se quem não acredita que a maternidade é um produto lucrativo para o mercado capital.
Engana-se quem não compreende que incapacitar a mulher dá lucro.
Veja bem:
vende-se enxovais carissímos com muito mais do que o necessário para um bebê
vende-se quartos de bebês e apetrechos muito além do preciso para as demandas de um bebê
vende-se roupinhas e mais roupinhas – ate os bizarros saltos altos para bebês !!!
vende-se kits de mamadeira
vende-se esterlizadores de mamadeiras
vende-se escovinhas para mamadeiras
vende-se bicos para água, para leite, para líquidos engrossados
vende-se prendedores de chupetas
vende-se chupetas 0-6 meses
vende-se chupetas 6-24 meses
vende-se aparelhos para dentes
vende-se leite artificial (de tipos e qualidades variadas)
vende-se mais leite artificial para 1+, 2+, 6+ e etc
vende-se carrinhos e mais carrinhos de passeio
vende-se consultas e mais consultas à pediatras
vende-se suplementos, complementos, vitaminas e medicamentos.
Mas sabe o que não se vende? Leite materno não dá lucro.
Aleitamento prolongado não dá lucro.
Não vende mamadeira, chupeta, não vende!
Parir e nutrir no Brasil se reduziu a um vasto mercado para bebês em mega stores lotadas, em maternidades 5 estrelas.
E daí quando vc toma conhecimento disso tudo, quando finalmente a verdade te acerta duro na cachola e você descobre que o mercado capital é mais cruel do que imaginamos, não tem jeito de não militar, de não querer abrir os olhos de tantas mulheres que são convencidas de que são incapazes de parir e nutrir seus filhos, que se ferem acreditando que são incapazes, que falharam.
Realmente não são menos mães. São mães conduzidas socialmente de forma incoerente e cruel.
Leite fraco, pouco leite, insuficiente, peito caído, dor, romantizar o aleitamento, crucificar o aleitamento. No fim o resultado é um só: desmame precoce
Gi parabéns pelo maniifesto, escreves muito bem. Que outras mulheres leiam e possam se conscientizar.
Beijos
Mari e Bento cada vez mais interativo.
TB GOSTEI.
MUITO INTERESSANTE.
AH…NÃO CONCORDO MUITO COM O USO DAS CHUPETAS.