Hoje é dia do obstetra, e eu conheço alguns poucos obstetras que merecem parabéns pelo seu dia.
Foi com esses poucos obstetras que eu aprendi que a palavra “obstetra” vem do latim “obstare” que significa “estar ao lado”. Foi com eles que eu também aprendi que verdadeiros obstetras ficam ao lado das parturientes, apenas assistindo o desabrochar da vida, sem intervir e apenas interveem quando há real risco de vida para a mulher ou para o bebê.
Esses obstetras não agendam cesáreas. Esses obstetras não praticam a episiotomia de rotina, não agendam uma indução para uma quarta-feira, só porque a gestante já está com 40 semanas e então ela poderá ter alta até o final de semana.
Por incrível que pareça, esses obstetras tiveram a mesma formação acadêmica de todos os outros obstetras. Uma formação biomédica, tecnocrática e iatrocêntrica. Sim essas palavras diferentes eu também aprendi com esses poucos obstetras. Mas esses poucos obstetras, questionaram o modelo que aprenderam, romperam com a Matrix que engole todas as outras profissões, e praticam a Obstetrícia Baseada em Evidências. Não, não é um modismo. É ciência.
Esses poucos obstetras são contra o Ato Médico, porque eles trabalham num modelo de assistência interdisciplinar que olha para a mulher como um ser integral e complexo e não apenas como um útero.
Parabéns pelo seu dia, um abraço apertado, e minha gratidão e de tantas outras mulheres que puderam ser acompanhadas por profissionais espetaculares como vocês, que transformaram o modelo de assistência à mulher e a vida de tantas de nós!
Um “UTA” especial os genuinos obstetras brasileiros: Melania Amorim (Campina Grande/PB), Ricardo Jones (Porto Alegre / RS), Andrea Campos (São Paulo/SP), Leila Katz (Recife/PE), Roxana Knobel (Florianópolis/SC) , Mariana Simões (Campinas/SP) e Carla Polido (São Carlos/SP).
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