O Brasil é o país campeão mundial de cesáreas o que constitui um grave problema de saúde pública.
Junto com esse título, vem o indicador de mortalidade materno-fetal, que está muito longe do esperado, muito longe da meta estabelecida no Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal. Entre as diretrizes deste pacto, como estratégia para alcançar o máximo de 5% de mortalidade materno-fetal recomendado pela Organização Mundial da Saúde está REDUZIR AS CESÁREAS DESNECESSÁRIAS. O item 12 do pacto afirma que “A prática abusiva da cesariana constitui-se em um grave problema de saúde pública e de grande complexidade, estando relacionada ao modelo de atenção obstétrica predominante, hospitalocêntrico, medicalizado e excessivamente intervencionista. Portanto, a redução das cesáreas desnecessárias exige não só ações de humanização e qualificação da atenção obstétrica, mas também ações específicas com grande efetividade”.
Mas porque o Brasil é o campeão mundial de cesareanas?
Muitos afirmam que as mulheres preferem a cesárea. Mas será mesmo que as mulheres querem cesárea? Ou seria mais respeitoso assumir que a assistência ao parto normal é tão violenta e desumana que a unica opção que lhes resta é optar por uma cesárea?
Como será que os profissionais de saúde estão desEmpoderando essas mulheres, fazendo-nas acreditar que elas não podem parir, que parir é algo muito dificil e doloroso? Humanamente impossível de se conseguir? Aqui tem um texto excelente de um obstetra, relatando exatamente isso.
Devemos exigir mudanças no modelo de assistência obstétrica sim, mas principalmente mudanças no modelo do pré-natal. Os profissionais de saúde tem que aproveitar os encontros durante os 9 meses com as mulheres grávidas para muni-las de informação de qualidade e ajuda-las a buscar o empoderamento. Sugerir que participem de grupos de apoio a gestantes, distribuir cartilhas informativas que possam desmitificar toda a cultura do medo do parto normal. Sim, é possível parir de forma digna e respeitosa, protagonizar o parto e proporcionar um vínculo especial entre mãe e bebê!
A Dra. Melania Amorim, obstetra, professora da Universidade Federal de Campina Grande, e dona de um curriculo Lattes admirável, há alguns anos vem alimentando uma lista de indicações reais e fictícias para a cesareana. Eu descobri que as duas cesáreas que eu tive foram desnecessárias, e assim como outras, as indicações também estão aí na lista. Vale a pena conferir.
Por Melania Amorim, MD, PhD
A presente lista de indicações de cesariana circula na Internet desde 2005, quando eu publiquei a primeira versão em uma comunidade do Orkut (“Cesárea? Não, obrigada!”), e desde então tem sido amplamente divulgada, crescendo lamentavelmente a cada dia, porque estou sempre me deparando com gestantes querendo esclarecimentos ou mulheres que contam suas próprias histórias ou histórias de amigas.
Parte 1 Indicações de Cesariana Baseadas em Evidências – Parte 1
Parte 2 Indicações de Cesariana Baseadas em Evidências – Parte 2
Parte 3 Condições frequentemente associadas à Cesariana sem respaldo científico
Segue a lista (em constante atualização):
PODEM ACONTECER, PORÉM FREQUENTEMENTE SÃO DIAGNOSTICADAS DE FORMA EQUIVOCADA
SITUAÇÕES ESPECIAIS EM QUE A CONDUTA DEVE SER INDIVIDUALIZADA, CONSIDERANDO-SE AS PECULIARIDADES DE CADA CASO E AS EXPECTATIVAS DA GESTANTE, APÓS INFORMAÇÃO
Algumas desculpas frequentemente utilizadas pelos profissionais para realizar uma DESNEcesárea (em ordem alfabética)
1. Abdominoplastia prévia
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2. Aceleração dos batimentos fetais
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3. Adolescência
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4. Ameaça de chuva/temporal na cidade
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5. Anemia falciforme
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6. Anemia ferropriva
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7. Anencefalia
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8. Artéria umbilical única
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9. Asma
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10. Assalto ou outras formas de violência (gestante ou familiar foi vítima de assalto, então o bebê pode ficar estressado)
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11. Bacia “muito estreita”
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12. Baixa estatura materna
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13. Baixo ganho ponderal materno/mãe de baixo peso
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14. Bebê alto, não encaixado antes do início do trabalho de parto
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15. Bebê profundamente encaixado
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16. Bebê que não encaixa antes do trabalho de parto
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17. Bebê “grande demais” (macrossomia fetal só é diagnosticada se o peso é maior ou igual que 4kg e não indica cesariana, salvo nos casos de diabetes materno com estimativa de peso fetal maior que 4,5kg. Não se justifica ultrassonografia a termo em gestantes de baixo risco para avaliação do peso fetal).
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18. Bebê “pequeno demais”
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19. Bolsa rota (o limite de horas é variável, para vários obstetras basta NÃO estar em trabalho de parto quando a bolsa rompe)
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20. Calcificação da sínfise púbica (alegando-se que ocorreria em TODAS as mulheres com mais de 35 anos, impedindo o parto normal)
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21. Cardiopatia (o melhor parto para a maioria das cardiopatas é o vaginal)
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22. Cesárea anterior
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23. Chlamydia, ureaplasma e mycoplasma
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24. Circular de cordão, uma, duas ou três “voltas” (campeoníssima – essa conta com a cumplicidade dos ultrassonografistas e o diagnóstico do número de voltas é absolutamente nebuloso)
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25. Cirurgia gastrointestinal prévia
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26. Colestase gravídica
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27. Coleta de sangue do cordão umbilical para congelamento e preservação de células-tronco
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28. Colo grosso, colo posterior, colo duro, colo alto e (paradoxalmente) colo curto
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29. Colostomia
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30. Conização prévia do colo uterino
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31. Constipação (prisão de ventre)
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32. Cálculo renal
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33. Data provável do parto (DPP) próximo a feriados prolongados e datas festivas (incluindo aniversário do obstetra)
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34. Datas significativas como 11/11/11 ou 12/12/12 (ainda bem que a partir de 2013 precisaremos esperar o próximo século)
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35. Diabetes mellitus clínico ou gestacional
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36. Diagnóstico de desproporção cefalopélvica sem sequer a gestante ter entrado em trabalho de parto e antes da dilatação de 8 a 10 cm
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37. Dorso à direita, dorso posterior, ou dorso em qualquer outro lugar
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38. Edema de membros inferiores/edema generalizado
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39. Eletrocauterização prévia do colo uterino
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40. Endometriose em qualquer grau e localização
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41. Epilepsia e uso de qualquer droga antiepiléptica
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42. Escoliose
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43. Espondilite anquilosante – Qualquer espondiloartropatia
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44. Estreptococo do Grupo B (EGB) no rastreamento com cultura anovaginal entre 35-37 semanas
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45. Exérese prévia de pólipos intestinais por colonoscopia
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46. Falta de dilatação antes do trabalho de parto
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47. Feto com “unhas compridas”
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48. Feto morto
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49. Fibromialgia
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50. Fratura de cóccix em algum momento da vida
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51. Gastroplastia prévia (parece que, em relação ao peso materno, se correr o bicho pega, se ficar o bicho come)
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52. Gestação gemelar com os dois conceptos, ou o primeiro, em apresentação cefálica
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53. Gravidez não desejada
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54. Grumos no líquido amniótico
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55. HPV (só há indicação de cesárea se há grandes condilomas obstruindo o canal de parto)
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56. Hemorroidas
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57. Hepatite B e hepatite C
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58. Hiperprolactinemia
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59. Hipertireoidismo
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60. Hipotireoidismo
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61. História de cesárea na família
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62. História de câncer de mama ou câncer de mama na gravidez
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63. História de depressão pós-parto
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64. História de natimorto ou óbito neonatal em gravidez anterior
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65. História de trombose venosa profunda
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66. História familiar de fibrose cística do pâncreas
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67. Idade materna “avançada” (limites bastante variáveis, pelo que tenho observado, mas em geral refere-se às mulheres com mais de 35 anos)
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68. Incisura nas artérias uterinas (pesquisada inutilmente, uma vez que não se deve realizar dopplervelocimetria em uma gravidez normal)
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69. Infecção urinária
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70. Inseminação artificial, FIV, qualquer procedimento de fertilização assistida (pela ideia de que bebês “superdesejados” teriam melhor prognóstico com a cesárea) – motivo pelo qual esses bebês aqui no Brasil muito raramente nascem de parto normal
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71. Insuficiência istmocervical (paradoxalmente, mulheres que têm partos muito fáceis são submetidas a cesarianas eletivas com 37 semanas SEM retirada dos pontos da circlagem)
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72. Laparotomia prévia
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73. Líquido amniótico em excesso
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74. Magreza da mãe
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75. Malformação cardíaca fetal
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76. Mecônio no líquido amniótico (só indica cesariana se houver associação com padrões anômalos de frequência cardíaca fetal, sugerindo sofrimento fetal)
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77. Mioma uterino (exceto se funcionar como tumor prévio)
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78. Miscigenação racial (pelo “elevado risco” de desproporção céfalo-pélvica)
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79. Neoplasia intraepitelial cervical (NIC)
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80. Obesidade materna
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81. Obstetra (famoso) não sai de casa à noite devido aos riscos da violência urbana
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82. Paciente “não tem perfil para parto normal”
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83. Parto “prolongado” ou período expulsivo “prolongado” (também os limites são muito imprecisos, dependendo da pressa do obstetra). O diagnóstico deve se apoiar no partograma. O próprio ACOG só reconhece período expulsivo prolongado mais de duas horas em primíparas e uma hora em multíparas sem analgesia ou mais de três horas em primíparas e duas horas em multíparas com analgesia. Na curva de Zhang o percentil 95 é de 3,6 horas para primíparas e 2,8 horas para multíparas)
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84. “Passou do tempo” (diagnóstico bastante impreciso que envolve aparentemente qualquer idade gestacional a partir de 39 semanas)
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85. Placenta grau III ou II ou I ou qualquer outra classificação
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86. Plaquetas baixas não oclusivas do colo do útero
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87. Possível falta de vaga em maternidade para um parto normal, caso a gestante não marque a cesárea
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88. Pouco líquido no exame ultrassonográfico (sem indicação no final da gravidez em gestantes normais)
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89. Praticar musculação ou ser atleta
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90. Pressão alta
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91. Pressão baixa
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92. Problemas oftalmológicos, incluindo miopia, grande miopia e descolamento da retina
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93. Prolapso de valva mitral
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94. Qualquer malformação fetal incompatível com a vida
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95. Qualquer procedimento cirúrgico durante a gravidez
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96. Reação vasovagal
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97. Sedentarismo
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98. Septo uterino/cirurgia prévia para ressecção de septo por via histeroscópica
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99. Ser bailarina
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100. Suspeita ecográfica de mecônio no líquido amniótico
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101. Síndrome de Down e qualquer outra cromossomopatia
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102. Síndrome de Ovários Policísticos (SOP)
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103. Tabagismo
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104. Trabalho de parto prematuro
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105. Trombofilias
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106. Varizes uterinas
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107. Uso de antidepressivos ou antipsicóticos
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108. Uso de heparina de baixo peso molecular ou de heparina não fracionada
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109. Útero bicorno
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110. Varizes na vulva e/ou vagina
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Soube de mais algum pretexto estapafúrdio para cesariana? Escreva para melania.amorim@gmail.com ou poste em seu perfil no Facebook: Melania Amorim
Rebeca por favor atualize o texto conforme está hoje no blog. A pessoa que tinha feito uma colaboração pediu para tirar tá? beijos
Interessante: eu tive pressão alta na semana de parir (tb conhecido como pré eclâmpsia), estava inchada dos pés a cabeça, tenho hemorróida, cardiopatia, estava com 99kg, tenho hipotireoidismo, sedentarismo (pois tive tanta contração durante a gestação q mal podia fazer uma caminhada q elas começavam), sou asmática, na minha família a maioria das mulheres tiveram parto focéps (alto e baixo), histórico de cesárias na família, meu bb não sabia em qual posição ficar (a td momento ele mudava, a cada tococardio ele estava em um lugar diferente), tenho espondilioartrose lombar, e meu bb era grande. Ainda assim, a equipe da maternidade não se deu por vencida, me internaram na terça-feira tomei o remédio p hipertensão em intervalos menores q o prescrito e com dosagem dobrada por 48h, na quinta-feira as 18h meu quadro não havia mudado absolutamente nada, fizeram uma medicação endovenosa, e a partir deste momento minha pressão começou a normalizar até alcançar o valor de 130mmHg por 75mmHg e estabilizar (continuei com a medicação dobrada e de 6x6h via oral), desde o dia do internamento fiz tantos exames q pensei q iam me virar do avesso, eram duas avalições cardiologicas por dia, verificação da pressão a cada 6h. No sábado vieram até mim uma GO, uma Assist. social, a enfermeira, o residente q acompanhou meu caso e me explicaram q iriam induzir meu parto naquele dia, felizmente não houve leito na sala de pré parto, pois no domingo de carnaval (feriadão) eu amanheci com “ponto de sangue”, refizeram tds os exames e as 12h eu fui levada p a sala de pré parto, as 14h foi efetuada a indução endovaginal (me explicaram com tds os detalhes), as 19h eu estava fazendo força p q meu filho nascesse. Hj dois anos depois, estamos fortes, saudáveis e felizes, meu filho não sabe o q é uma gripe, e olha q tem alergia respiratória, tem contato com várias doeças comuns da infância e nunca desenvolveu nenhuma. Nasceu no seu tempo certo, qd estava pronto p enfrentar o mundo. À equipe da Maternidade Climério de Oliveira, só tenho a agradecer, pois apesar de td dizer o contrário, apesar da estrutura não permitir, eles fazem q toda parturiente tenha o parto mais humanizado possível, e de preferência da forma mais natural.