De acordo com as recomendações da OMS para o parto e nascimento, possibilitar o acesso à informação, escolhas e contato imediato e constante da mãe com o bebê são passos-base para a humanização no atendimento.
Iniciativas governamentais, como o apoio ao parto normal e humanizado (frente à pressão mundial e da OMS para diminuição das cesárias) – a iniciativa do Hospital Amigo da Criança, e o Premio Galba Araújo, por exemplo -, vão ao encontro de propostas mais humanizadas de atendimento, e a Doula tem um papel importante no processo de humanização do nascimento.
A função da Doula é fornecer apoio emocional, físico e informativo. A Doula não tem formação em obstetrícia, portanto não faz toques vaginais e não ausculta os batimentos cardíacos do bebê.
A presença da Doula permite que as enfermeiras possam concentrar-se em suas atividades, pois a Doula dará a atenção e apoio emocional que as parturientes precisam durante o trabalho de parto.
A Doula oferece alívio para as dores das contrações utilizando métodos não farmacológicos, como massagens, técnicas de relaxamento e respiração, exercícios, banhos e imersão em água quente, dicas de posições, durante o trabalho de parto e parto, oferecendo ainda apoio emocional e encorajando a mulher a se lembrar de seu dom natural de parir.
Evidências científicas sobre a Doula no parto
Klaus e Kennel publicaram em 1993 em “Mothering the Mother“, um estudo no qual apontaram os resultados globais da presença da Doula no trabalho de parto e parto, como pode ser visto a seguir:
- Redução de 50% nos índices de cesárias;
- Redução de 25% na duração do trabalho de parto;
- Redução de 60% nos pedidos de analgesia peridural;
- Redução de 30% no uso de analgesia peridural;
- Redução de 40% no uso de ocitocina;
- Redução de 40% no uso de fórceps.
Outros estudos também mostram claramente que a presença da Doula no pré-parto e parto trazem benefícios de ordem emocional e psicológica para mãe e bebê, incluindo resultados positivos nas 4ª a 8ª semanas após o parto:
- Aumento no sucesso da amamentação;
- Interação satisfatória entre mãe e bebê;
- Satisfação com a experiência do parto;
- Redução da incidência de depressão pós-parto;
- Diminuição nos estados de ansiedade e baixa autoestima.
As revisões da literatura científica elaboradas pelo notório grupo científico da Cochrane Collaboration’s Pregnancy and childbirth Group inclui e valida diversos estudos abrangendo uma grande diversidade cultural, econômica e com diferentes formas de assistência. Confirma claramente que a presença da Doula no suporte intra-parto contribui para a melhora nos resultados obstétricos, diminui as taxas das diversas intervenções e promove a saúde psico-afetiva da mãe e do vínculo mãe-bebê.
O mesmo grupo, em sua revisão publicada em 1998, declarou: “Devido aos claros benefícios e nenhum risco conhecido associado ao apoio intra-parto, todos os esforços devem ser feitos para assegurar que todas as mulheres em trabalho de parto recebam apoio, não apenas de pessoas próximas, mas também de acompanhantes especialmente treinadas. Este apoio deve incluir presença constante, fornecimento de conforto e encorajamento.”
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Minha doula foi fundamental. Trouxe-me todo o conhecimento necessário para tomar as minhas decisões e lutar por minhas escolhas. Mesmo sem apoio do meu médico, consegui um parto normal, humanizado, sem intervenções e completamente saudável. Fiz dessa experiência algo transformador. Me senti mais segura, confiante, guerreira. Sou outra mulher. Renasci. E nada disso seria possível sem o apoio da minha querida doula que além do conhecimento, me trouxe apoio emocional e me ajudou a despertar toda a formça que havia em mim. Toda equipe de apoio antes, durante e após o parto foi sensacional.