Gestação, Parto e Amamentação

Empurrando a Vaquinha no Precipício

Por 22 de março de 201124 Comentários

Hoje acordei pensativa… Aliás faz muito tempo que venho acordando pensativa. Pensando nas minhas escolhas,  e quanto tempo eu demoro para executar cada uma delas.
Então percebi que quando optei pelo parto natural após duas cesáreas eu não demorei para executar minha escolha. Me informei, optei, executei.  E porque não demorei? Porque tinha certeza do que eu queria para mim e para minha filha e porque eu tinha uma DATA provável que não me deixava demorar para tomar uma decisão.
Existem decisões que precisam ser tomadas, mas só tomar a decisão não basta. É preciso empurrar a vaquinha no precipício. E empurrar a vaquinha significa executar sua decisão. É tão mais fácil quando alguém empurra a vaquinha para nós… Existe uma parábola, uma história que conta justamente isso. O dia que um discípulo, guiado pelo seu mestre empurra a vaquinha de uma propriedade, muito pobre e escassa, no precipício. Essa vaquinha era a única fonte de subsistência das pessoas que viviam naquela propriedade. Tempos depois, esse discípulo preocupado com a ação de empurrar a vaca de outra pessoa no precipício, volta à esta propriedade e encontra uma propriedade próspera. Moral da história: enquanto a família se apegava ao leite que a vaquinha dava, não conseguia enxergar mais nada além da vaca. Quando a vaca saiu do caminho, foram obrigados a “extrair leite de pedra” e começaram a plantar, a cuidar da plantação, a criar galinhas e prosperaram.
Mas assim é fácil não é? Alguém tomando as decisões e empurrando as nossas vaquinhas por nós?
Mas e quando somos obrigados a empurrar as nossas próprias vacas precipício abaixo? Quando somos obrigados a fazer valer nossas decisões e nossos desejos? Há muitas vacas para serem empurradas, e precisamos empurrá-las.
A vaca em questão, pode ser um GO cesarista, pode ser sua mãe que insiste em dar mamadeira pro seu bebê, pode ser seu marido que não te apoia no parto que você deseja. Pode ser um emprego que te paga um salário de cinco digítos mas que te deixa infeliz e cansada. Pode ser aquela diarista que faz as coisas de qualquer jeito em casa, mas que sem ela você não vive.
Então, enxergue o solo fértil sob seus pés para plantar uma horta inteira, e vá à luta arar a terra… e deixe de olhar apenas para o leite que a vaquinha dá.
Olhe ao redor, e empurre a sua vaca no precipício. Não espere que outros a empurrem por você!!!!!! Empodere-se!
Seja feliz!

24 Comentários

  • Paty da Sara disse:

    kkkkk…na estória que eu ouvi, o vizinho matou a vaca pra fazer churrasquinho, mas também com a mesma intenção: de fazer os donos da vaca procurarem outros meios de se suster e outras formas de viver, sem a vaca. quantos de nós ficamos com nossa vaquinha à mão, só por comodidade,né??
    bjs,valeu, Gi.

    • GiLeal76 disse:

      Oi Katarina! Que bom que gostou!
      Tb adorei passar a manhã com vocês!
      Pena que esquecemos de tirar uma foto com todo mundo junto!!!!!
      Vc está linda, sua família é linda, confie, não tem nada para ser diferente do seu primeiro parto.
      beijos

    • GiLeal76 disse:

      Oi Paty!
      Exatamente! Temos que sair da zona de conforto.
      Num primeiro momento pode parecer ruim, mas depois o gostinho de vitória compensa!!
      beijos

  • Ana Paula Gomes Nardi disse:

    Gi, comigo foi assim… eu não consegui empurrar a minha vaca… lembro bem que na véspera do meu TP e até mesmo durante o meu TP, eu queria alguém que decidisse por mim, que me obrigasse, que se responsabilizasse. Queria alguém que dividisse a responsabilidade comigo. E me ferei. Bem… não é que eu me ferrei, mas o resultado de tudo não foi aquilo que eu tinha sonhado. Eu continuei experimentando apenas a vivência do “leite da vaquinha”, tudo isso por não conseguir me empoderar a ponto de bater no peito e dizer: eu, euzinha, eu e eu mesma, assumo TODA a responsabilidade pelo meu parto.
    É duro mesmo, precisa ser forte e confiar: dizer EU, EUZINHA, EU E EU MESMA ASSUMO TODA A RESPONSABILIDADE pelos meus atos é bem forte!
    Uns dias atrás você me falou uma frase, que agora eu reproduzo: se existe dúvida, é porque é errado. Se não fosse errado, não existiria dúvida.
    Siga seu coração, Gi, porque no final você aceitará melhor o resultado, sendo ele bom ou ruim.

    • GiLeal76 disse:

      Oi Ana!!!
      obrigada querida!!
      tão bom ter amigos que nos apoiam e nos incentivam….
      Se eu seguir meu coração eu empurro com gosto e sem dúvida nenhuma…. o duro é a “cabeça”, que manda esperar a vaquinha dar mais leite, entende?
      beijoooos

    • GiLeal76 disse:

      Oi Ana!!!
      obrigada querida!!
      tão bom ter amigos que nos apoiam e nos incentivam….
      Se eu seguir meu coração eu empurro com gosto e sem dúvida nenhuma…. o duro é a “cabeça”, que manda esperar a vaquinha dar mais leite, entende?
      beijoooos

      • Elo da Betina disse:

        Gi, acho q vc leu meus pensamentos! Eu estou me sentindo EXATAMENTE IGUAL a vc. Se seguir meu coração empurro hj minha vaquinha, sem dúvida nenhuma! Mas se seguir o racional ($$$) eu fico bem doida pensando…
        Pra ajudar, não sei se já leu Comer, Rezar e Amar. A protagonista visita um iogue na Indonésia. E ele mostra a ela uma figura de uma ‘criatura’ q representa como devemos ser na nossa vida: essa criatura tem, no lugar da cabeça, folhagens, como uma samambaia. No lugar do coração tem um rosto sorrindo. E quatro pés no chão.
        O significado: devemos ver o mundo com o coração e com os 4 pés no chão! Difícil né?! Rsrs! Esse é o tal equilíbrio 🙂
        Aqui estou na iminência de largar meu emprego, concursada (leia-se pra vida toda) pq não aguento mais fazer da minha vida profissional um teatro e ainda por cima longe da Betina. Marido já aceitou, eu já aceitei. Mas ainda tem dúvidas…e aí será q é pq tem algo errado, ou pq falta msmo coragem pra bancar?!
        Ai ai qndo descobrir a receita, please, compartilhe!
        Um bjo enorme da sua fã gaúcha rs!

  • Ana disse:

    É….realmente não é fácil ter essa coragem de “empurrar a vaquinha”, principalmente quando outros dependem de nós….Isso está me fazendo pensar muito na minha vida….Preciso de mais coragem urgente!!!!!!!!!!E isso me aflige muito…

  • Ana Kacurin disse:

    Oi, Gi,
    Você tem toda razão. E a gravidez faz as vacas meio que começarem a nos incomodar. Empurrá-las ou não no precipício, essa decisão não é nada fácil… Obrigada por ser mais um “sinal” que me diz que tenho uma vaca pra empurrar no precipício. E das grandes… só ainda não sei como.
    Beijocas!
    Ana K.

  • Samantha disse:

    Sou uma medrosa de marca maior… Pra algumas coisas tenho coragem de correr atrás, mas daí a empurrar a vaquinha do precipício é outra história. Quero muito pegar as rédeas da minha vida. Mas ainda tenho muito medo =(
    Beijo

    • GiLeal76 disse:

      Samantha!
      Vc vai ver como é muito prazeroso tomar as rédeas e começar a decidir você (claro sempre ponderando) mas passar a ser a protagonista da sua vida!
      De onde você é? Manda um email pra gente!
      beijo

  • Clara Ayres disse:

    Muito bom! Empoderar-se e ser protagonista da própria vida! Muitas “vaquinhas” precipício abaixo!

  • Otavia disse:

    Oi gente!! Adorei este blog, parabéns!! Nem sou mãe ainda, nem estou grávida, mas acho que informação e reflexão nunca é demais… Parabéns!
    Beijo a todas!!!
    Otavia

  • Leticia disse:

    Gi, hj consegui ler o post, amei! Empurre a vaca 😉
    Bjs

  • Fabiana disse:

    É Gi…
    Não sei se o post reflete o que você anda sentindo, mas você acertou em cheio no coração de muita gente. Inclusive no meu!
    Estou assim há tempos… acomodada, inerte, e o que é pior, estou totalmente ciente disto.
    Bjos

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